Título: Todos os Títulos Estão Errados
Autor: Paulo Quintas
Editora: Documenta
Tema: Arte
Estado: 5+
Língua: Português / Inglês
Encadernação: Brochado
Ano: 2018
Páginas: 224
Dimensões: 20*25
Preço: 16,00 €
Obs. Apresentação por Isabel Carlos, Rui Chafes e Sara Antónia Matos
Quintas tem vindo a construir uma obra assente na rarefacção da imagem,
onde o «escavar» é tão importante como o colocar ou o acrescentar
camadas, na incerteza do destino da interpretação e num regresso ao
gesto primeiro da pintura.
Na pintura de Paulo Quintas […] não há figuração humana e a rarefacção
da figura, em geral geométrica e abstracta, a dissolução ou erosão das
formas nas superfícies pictóricas parecem ser marcas da sua obra — o que
me leva a dizer que a pintura de Paulo Quintas é tocada pela índole da
morte e da anulação. Tudo nela é da ordem da erosão, tudo tende a
desaparecer e como que a desfazer-se na superfície da tela, tudo nela
remete para a dissolução espacial. [Sara Antónia Matos]
A designação da exposição impôs-se, assim, com uma clareza tão luminosa
quanto cortante: «Todos os títulos estão errados», ou poderíamos dizer o
seu contrário, todos os títulos estão certos. A intenção é
propositadamente instalar uma espécie de desconforto com as afirmações,
as nomeações, as sínteses, as grandes definições e os sistemas fechados:
«Gosto de dizer uma coisa e o seu contrário. Os fragmentos estão cheios
de identidade» (PQ). [Isabel Carlos]
Gosto desta pintura, porque é verdadeira e corajosa. É directa, vem de
dentro, de uma urgência de a fazer para a poder ver feita. […] Esta é a
pintura de quem gostaria de se enterrar e deixar de ser (a vida do
artista é a cova que ele vai cavando com os pés até desaparecer por
completo na terra, enquanto vai revelando ao Mundo as «verdades
místicas»). É a Obra de alguém que sabe que o preço é altíssimo: de
alguém que paga as coisas (e a vida) com a própria alma. [Rui Chafes]