Título: Todas as Histórias
Autor: Vasco Araújo
Editora: Documenta
Tema: Arte
Estado: 5+
Língua: Português / Inglês
Encadernação: Brochado
Ano: 2018
Páginas: 240
Dimensões: 21*26
Preço: 21,00 €
Obs. Apresentação por João Sousa Monteiro, Katherine Sirois, Pedro Faro
O melhor que podemos fazer, enquanto não temos um conhecimento perfeito
do nosso ser, e do nosso ser em confronto com os outros, é conceber um
princípio de perplexidade, viver em perplexidade, obrigando-nos a
escolher sempre o caminho do conhecimento e não da ignorância.
[Vasco Araújo]
Este livro foi publicado por ocasião da exposição Vasco Araújo: Todas as
Histórias, realizada na Fundação Carmona e Costa, em Lisboa, com
curadoria de Pedro Faro, entre 3 de Fevereiro e 17 de Março de 2018.
[...] esta exposição, em forma de instalação, pretende mostrar as várias
séries de obras - alguns exemplares de cada uma das várias séries -
desenvolvidas pelo artista, em que o desenho aparece como dispositivo
central na criação de discurso. [...]
As obras de Vasco Araújo apresentadas nesta exposição são sobre a forma
como nos relacionamos com a memória, com a história e com as estórias,
com os objectos, com os seus indícios narrativos; são sobre os
fragmentos, sobre as suas permanências, sobre o que fica, como fica e
sobre como mostramos e valorizamos certos aspectos do que fica. São
construções, ficções impossíveis. São sobre o amor, sobre a vida e a sua
ausência. [Pedro Faro]
Cada peça desta exposição fala de uma forma de conhecer no centro da qual parece estar a interrogação e a incerteza.
Cada afirmação vive, em todas estas peças, como vozes da incerteza.
«Todas as Histórias»; a série das Family; a filmagem dos vasos gregos. A
melhor forma de conhecer é aqui talvez sugerida como a melhor forma de
interrogar - de se interrogar. Esta exposição pode também ser vista como
um ensaio acerca da inutilidade da afirmação - acerca da indelicadeza
da afirmação.
[João Sousa Monteiro]
É aquilo a que somos instigados aqui, em todas estas histórias onde a
voz que diz «em voz alta» não vem só temperar o primado da imagem; vem
também enriquecê-lo com dimensões inconfortáveis e embaraçosas que são
tão cuidadosamente dissimuladas ao olhar. A escolha da via do
conhecimento acarreta sofrimento, mas o saber infértil e a ignorância
não só não resolvem nada, como condenam à escuridão, ao eterno retorno
do mesmo ou a uma espectralidade sem fim.
[Katherine Sirois]