Título: O Riso dos Outros
Autor: Pedro Proença
Editora: Documenta
Tema: Arte
Estado: 5+
Língua: Português / Inglês
Encadernação: Brochado
Ano: 2018
Páginas: 192
Dimensões: 16*22
Preço: 11,00 €
Obs. Apresentação de João Gafeira, Jorge Ramos do Ó, José Alberto Ferreira
Pedro Proença é um paradoxo escrevente. […] O seu trabalho resulta num
apelo à aparência alegórica, à multiplicidade pseudo-narrativa, ou a
jogos morfológicos contaminados por interferências do literário, que
lhes abanam os inquietantes sentidos.
Este livro foi publicado pela ocasião da exposição O Riso dos Outros, de
Pedro Proença, com curadoria de João Gafeira, realizada no Centro de
Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, entre Outubro
de 2018 e Março de 2019.
«O Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida acolhe, com O
riso dos outros, uma excepcional exposição, com assinatura de Pedro
Proença. Criador de incontornável referência no panorama português,
Proença explora nesta proposta uma inequívoca disposição narrativa que
lhe permite orquestrar um conjunto de personagens cujas vozes,
personalidades, obsessões e criações são a matéria essencial da
exposição. John Rindpest, Sandralexandra, Sóniantónia, Rosa Davida,
Pierre Delalande, Bernardete Bettencourt e Pedro Proença ele-mesmo, sob a
visão curatorial de João Gafeira, também ele um outro do autor, são as
sete personagens que aqui expõem palavras e objectos, biografias e
bibliografias, criações e variações sobre a criação.
[...]
É claro que as personagens que assim vão irrompendo e pontuando o
percurso de Pedro Proença [...] respondem a um desafio de
multiplicidade, acompanhado da vontade de voragem, ou da voragem da
vontade. Frequentar e canibalizar escritos e obras, citar, parodiar,
pastichar, retomar, apropriar, entre o iconoclasmo e a indeterminação
autoral que devolve ao espectador a responsabilidade última da fruição e
da leitura.»
[José Alberto Ferreira]
«A dinâmica que Proença celebra, nas suas exposições e nos seus livros
que multiplica, vai no sentido de abolir as diferenças entre arte,
história, literatura e filosofia, porque desde sempre não acredita na
possibilidade de uma articulação estável dos saberes. Exprime-se por
afetos, intensidades e experimentações; o que resulta de tudo isso é uma
obra entre-aberta, a continuação do velho sonho da enciclopédia
babélica. »
[Jorge Ramos do Ó]