Título: Contos Outra Vez
Autor: Luísa Costa Gomes
Editora: Biblioteca Prestígio/APE
Tema: Literatura Portuguesa
Estado: 5
Língua: Português
Encadernação: Encadernado
Ano: 2001
Páginas: 160
Dimensões: 12*21
Preço: 7,00 €
Obs. Esgotado no mercado
Sinopse:
Contos Outra Vez reúne, pela primeira vez, contos dispersos que foram sendo escritos e publicados entre 1984 e 1997. Integram-se ainda nesta antologia três contos inéditos: "Uma empresa espiritual", "Brandina ou O silêncio dos produtos" e "O Caso dos dois Juans".
Procure o leitor imaginar um homem. Ele há-de ser todo ao alto, encovado, o rosto à proporção, ossudo e sombreado da barba. Como auxiliar, lembre-se da mística Toledo onde cresciam como espargos essa figuras que o Greco tornou populares e que passaram, de então para cá, a ser o símbolo mesmo da vida ascética. Se julgar injusto o requisito de tanto esforço, vá pelo Quixote, tire-lhe uns anos, desmonte-o do Rocinante, calce-lhe umas sandálias, o burel de um hábito, faça-lhe uma atitude um pouco menos tresloucada, traga-o ao presente onde ele vive estremunhado - e aí tem o Tomás Bernardino, pode muito bem ser que da Anunciação. A chamar-se assim, é capaz de trazer o olhar pisado de tanto meditar para dentro, aflito de si próprio e de como servir o mundo, mais que do funcionamento e modo proveitoso de se servir dele.
Críticas de imprensa:
"Números mágicos: 21 contos, espalhados por 13 anos de vida e escrita de Luísa Costa Gomes. (...) 21 histórias de gente que conquistamos rapidamente para o nosso círculo de indispensáveis, e locais que queremos absolutamente conhecer."
M.P.C., "Cosmopolitan"
"Luísa Costa Gomes é uma das vozes mais singulares da nova literatura portuguesa. Sigamos a autora no seu projecto desolado e irónico. (...) Prosa elegante e forte como a do Padre António Vieira, não? Convém ler, já."
Torcato Sepúlvea, Semanário
"Mercê de um refinamento estético de elevada exigência moral (no sentido steineriano do termo), Contos outra vez aprofunda as contradições do carácter humano no final do século face à substituição de simulacros que transforma o gesto em brecejo, o sorriso em esgar, a liberdade em automatismo, em suma: a personagem no seu duplo, correndo o risco de vê-la confrontada com insólitos instantâneos como o: da existência real das personagens que chegam muitas vezes a cometer violências sobre os seus criadores.
Vergílio Alberto Vieira, Diário de Notícias